Em portaria, publicada nesta sexta-feira (7) no "Diário Oficial da União", o ministro Fernando Azevedo orientou as Forças Armadas a se absterem de participar de "quaisquer eventos comemorativos" como desfiles e paradas.
O objetivo é evitar aglomerações tanto de militares na cerimônia como de civis nas arquibancadas em meio à pandemia do novo coronavírus.
Segundo assessores da pasta, será a primeira vez que o evento não será realizado na capital federal desde a ditadura militar.
Nos últimos anos, o desfile se tornou um teste de popularidade para mandatários do Palácio do Planalto. Em momentos de baixa popularidade, presidentes evitavam o público geral para fugir de eventuais protestos.
No ano passado, mesmo diante de uma crise fiscal, o presidente Jair Bolsonaro aumentou o desembolso para promover a cerimônia cívica.
O contrato assinado pela gestão pública para a montagem e organização da cerimônia militar previa um custo de R$ 971,5 mil, 15% mais do que no ano anterior, em valores corrigidos pela inflação (IPCA).
Neste final de semana, o Brasil poderá chegar à triste marca de 100 mil mortos pelo novo coronavírus.
Nesta quinta-feira (6), o país registrou 1.226 novas mortes pela doença e 53.511 novos casos. O total de óbitos chegou a 98.644.
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus.
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