sexta-feira, 1 de maio de 2015

Reunião sobre nova Feira da Sulanca ocorre sem representante da prefeitura

Reunião sobre nova Feira da Sulanca ocorre sem representante da prefeitura


Reunião do MPPE com comerciantes sobre a nova Feira da Sulanca de Caruaru, Pernambuco (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)
Uma audiência sobre a nova feira ocorreu nesta quinta-feira (30) por convocação de promotores do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Representantes do governo não compareceram. Em nota, a assessoria de imprensa alegou que "a Prefeitura de Caruaru e o Conselho Consultivo e Deliberativo de Transferência da Feira da Sulanca deram cumprimento à decisão judicial da Primeira Vara da Fazenda, que determinou a suspensão das atividades de transferência da Feira da Sulanca, por isso o município não mandou representantes".
Para debater o caso, um engenheiro civil do MPPE foi designado fazer observações. "Foram pedidos dois pontos principais de análise: um do valor da gleba, que é o local, perto do 'Polo Comercial'; o segundo foi o valor do empreendimento, orçado em aproximadamente R$ 588 milhões. A gleba, a gente encontrou um valor coerente com o mercado, até um pouco abaixo. E, com relação à análise do empreendimento, requer dados e informações que foram solicitados aos responsáveis", explicou o responsável, Roubier Muniz de Souza.
Em resposta à TV Asa Branca, cuja equipe acompanhou a audiência, a assessoria de imprensa afirmou que o conselho só poderá se pronunciar sobre o assunto após a elaboração da defesa, já que a Justiça determinou a suspensão das atividades.
Público principal
Muitos feirantes estiveram presentes à reunião e tinham questões para esclarecer junto ao governo municipal. "A prefeitura, que quer fazer a transferência, tem que arcar com os custos, porque nós pagamos. Nós pagamos há aproximadamente 20 anos que estamos ali, e cadê esse dinheiro?", indaga Jardiel Carvalho, do movimento "A Feira é dos Sulanqueiros".
Já outro grupo de comerciantes apresentou um projeto para permanência da Feira da Sulanca no Parque Dezoito de Maio, a fim de funcionar em todos os dias da semana. "Não vai desrespeitar a tradição. Esse projeto mostra que a feira vai continuar sendo feira. Ela não pode e não deve ser privatizada", explicou a feirante Aparecida Assunção.
Promotor do Patrimônio Público, Marcus Alexandre Pieppo relatou que, além do acompanhar os trâmites de transferência e como eles são realizados, há outra preocupação: "o lado social. Nós não podemos nos desprender da questão humana".

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