domingo, 4 de março de 2018

54% defendem que Lula tenha direito de ser candidato

O levantamento apontou ainda um sutil crescimento entre aqueles que veem seletividade do Judiciário contra o ex-presidente
Lula
Novo levantamento do instituto Vox Populi, realizado a pedido da Central Única dos Trabalhadores, aponta que 54% da população defende o direito de Lula se candidatar mesmo após sua condenação. Os entrevistados que defendem seu impedimento somaram 37%, enquanto 9% não souberam opinar ou não responderam. O levantamento foi realizado entre 24 e 26 de fevereiro e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. 

Condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão, Lula pode ser impedido de se candidatar com base na Lei da Ficha Lima. O ex-presidente busca os tribunais superiores para tentar se viabilizar como nome do PT para as eleições deste ano.

Segundo o levantamento, 52% acreditam que o petista será candidato, enquanto 33% pensam o contrário. O instituto também questionou os entrevistados sobre a eventual prisão de Lula. Na opinião de 52% dos entrevistados, o petista não será preso, enquanto 29% pensam o contrário. 

Já 48% dos entrevistados defenderam que o ex-presidente e qualquer cidadão tenham direito a serem presos apenas após o esgotamento dos recursos nas instâncias superiores. Segundo 28% dos entrevistados, Lula deveria ser preso logo após o fim dos recursos no TRF4.

Recentemente, a defesa do petista apresentou embargos de declaração no processo do tríplex. O recurso não deve ter poder para mudar a decisão do colegiado e costuma ser usado apenas para esclarecer pontos ambíguos da sentença. 

De acordo com a pesquisa, 56% consideram que o processo e a condenação do ex-presidente foram políticas, enquanto 32% consideram se tratar de um processo normal.

A pesquisa também mediu um crescimento entre aqueles que consideram o juiz Sérgio Moro e o Judiciário mais rigorosos com Lula em comparação com políticos como Michel Temer e Aécio Neves. Segundo o levantamento, a porcentagem daqueles que consideram Moro e o Judiciário mais duro com o petista cresceu de 42% em outubro para 46% em fevereiro. Por outro lado, a parcela dos brasileiros que não veem seletividade do Judiciário contra o ex-presidente caiu de 43% para 40%.

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