terça-feira, 10 de maio de 2016

Crise faz mais de 32 mil pernambucanos cancelarem plano de saúde

Plano de saúde vira artigo de luxo

Nara Souza tinha plano para 5 pessoas, mas preferiu cortar gastos. Foto: Amanda Souza/Cortesia.
Os efeitos do período de recessão estão fazendo as pessoas repensarem se mantêm serviços essenciais. Entre eles, o plano de saúde. Mais de 32 mil pernambucanos cortaram o vínculo entre março de 2015 e março de 2016. Neste mesmo período, as operadoras perderam 1,3 milhão de clientes no País. Os dados são do balanço trimestral da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Um dos principais motivos para a queda é o aumento no desemprego – que em abril chegou a 11,1 milhões. Em março, foram fechadas 118.776 vagas formais no Brasil e 11.383 em Pernambuco.
Em decorrência do declínio, o segmento mais afetado foi o de coletivos empresariais, tanto no âmbito nacional quanto local. Em Pernambuco, são 42,519 beneficiários a menos. “O coletivo empresarial puxa a queda por conta da atual crise econômica e aumento das dispensas. Os convênios individuais também sofrem esse impacto: primeiro, por esse produto ter uma oferta menor no mercado; segundo, porque, sem renda, as famílias não têm condições financeiras de adquirir o serviço”, afirma o superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), Luiz Augusto Carneiro.

Niedjane Monte, 27 anos, 
é o retrato do cenário complicado. Ela perdeu o emprego no ano passado porque a empresa em que trabalhava como supervisora de telemarketing decidiu cortar gastos. “A empresa subsidiava parte do valor do plano. Depois de sair, não tive condições de pagar a mensalidade integral. Agora, recorro ao SUS, é mais complicado, mas não me preocupa”, comenta.
FONTE:JORNAL DO COMÉRCIO 

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