Pernambuco é um dos doze estados brasileiros em que o preço da gasolina aumentou e foi o local onde o valor do litro mais subiu: em média, sete centavos.
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que monitora os preços dos combustíveis no país, registrou essa variação, apesar da redução dos valores dos combustíveis nas refinarias de 2,7% para o diesel e 3,2% para a gasolina, anunciada pela Petrobras no dia 14 de outubro.
Os consumidores pernambucanos reclamam o fato de a redução dos preços não ser verificada nas bombas dos postos de combustíveis. "Eu tenho observado que o preço da gasolina não baixa. Disseram que ia baixar, mas realmente não baixou. Antes, eu conseguia colocar a R$ 3,50, agora a gente encontra de R$ 3,65 para frente. A gente fica sem acreditar no que é falado, e a gente infelizmente paga por isso", diz o motorista Josias de Oliveira.
No Recife, existem 209 postos, que cobram, pelo menos, 70 preços diferentes. Em um estabelecimento localizado na Avenida Rui Barbosa, nas Graças, o litro da gasolina comum é vendido a quase R$ 3,80, o que equivale a um aumento em torno de R$ 0,40 em relação à primeira quinzena de outubro.
Apesar de ser possível pesquisar para descobrir postos em que o litro da gasolina está mais barato, alguns motoristas ficam na dúvida até onde vale a pena fazer isso, devido aos gastos com combustível. Por isso, alguns preferem abastecer o veículo perto de casa ou no caminho para o trabalho ou até mesmo reduzir o uso do carro.
É o caso do analista de sistemas Abimael Lima. "É um momento doloroso, o preço é muito alto e a gente não tem muito o que fazer. Eu procuro não usar muito o carro para economizar", conta. Quem compra o combustível das distribuidoras e vende para o consumidor final considera que está levando a culpa injustamente.
"O que existe em Recife é uma disputa entre os postos. Você vê uma oscilação muito grande: Recife hoje tem preço de R$ 3,24 a R$ 3,79. O mercado é livre, o sindicato não faz interferência ao revendedor para que faça os seus preços. Cada um tem o livre-arbítrio para fazer o seu custo”,explica o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindcombustíveis-PE), Alfredo Pinheiro Ramos.
fonte: agreste conectado
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