quinta-feira, 4 de junho de 2020

Movimentos sociais marcam ato para se manifestar contra a morte do garoto Miguel, 5 anos

Movimentos sociais marcam ato para se manifestar contra a morte do garoto Miguel, 5 anos. Filho de uma trabalhadora doméstica, o garoto caiu do 9° de uma das Torres Gêmeas do Cais de Santa Rita. O episódio ganhou notoriedade quando as câmeras de segurança mostraram Sarí Côrtes Real, patroa e dona do apartamento, deixando o menino sozinho no elevador de serviço, enquanto sua mãe passeava com o cachorro. A manifestação está marcada para sexta-feira (5), às 13h, com concentração no TJPE. O uso de máscara é obrigatório.
 
A empregadora foi autuada por homicídio culposo e liberada para responder o processo em liberdade, mediante fiança de R$ 20.000. A morte do garoto negro e de família humilde se deu em um momento de protesto contra o racismo em todo o mundo. Para o ato da sexta-feira, a organização pediu para levar velas, flores e balões pretos.
 
Para Luiza Batista, presidente do Sindomésticas-PE, a mobilização representa um pedido por uma pena mais justa. “Se situação fosse o inverso, a morte de um filho da patroa, a trabalhadora doméstica não teria vinte mil para fiança e ainda seria condenada por homicídio doloso. Outra coisa que chama atenção para o caso é que não vai ter audiência de custódia. Sendo assim, estaremos atuando junto de outros movimentos sociais na manifestação".
 
Em nota os organizadores do protesto relacionam o caso aos mecanismos racistas e classista da sociedade brasileira. "Miguel morreu no dia em que a PEC das Domésticas completou cinco anos e esse aniversário da legislação de proteção das domésticas diz muito sobre nosso país que não superou sua herança escravagista e racista". Esssa nota foi assinada 



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