domingo, 29 de novembro de 2015

Recife e PE decretam estado de emergência devido ao Aedes aegypti


O governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio assinaram neste domingo (29) o decreto de emergência em Pernambuco e no Recife devido às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: dengue, chikungunya e zika vírus.

De acordo com as informações divulgadas pelo G1, as três doenças tiveram um grande aumento no estado neste ano. No sábado (28) houve a confirmação do Ministério da Saúde sobre a relação entre o zika vírus e o surto de microcefalia na região Nordeste, onde Pernambuco é o estado com mais casos de microcefalia do país, com 487 notificações.

O G1 adianta que o decreto passa a valer a partir da terça (1º), quando será publicado no Diário Oficial. As autoridades indicam que há uma epidemia de dengue, chikungunya e zika, esta última relacionada aos casos de microcefalia, em andamento, daí a necessidade de intervir.

Dengue

O número de casos de dengue cresceu neste ano, descreve a publicação. Até o dia 14 de novembro, foram notificados 119.646 ocorrências em todo o estado, enquanto no mesmo período no ano passado foram 17.702 notificações. O número de casos confirmados foi de 42.781 este ano, enquanto em 2014 foram 6.573 neste mesmo período.

Recife

Recife é a cidade com o maior número de notificações do estado, segundo o último boletim divulgado. No total foram 25.219 casos, o que representa um aumento de 838,2% no número de notificações – foram 2.688 no mesmo período de 2014. De acordo com a reportagem, a cidade conta ainda 15.168 casos confirmados de dengue até o dia 14 de novembro, 20 vezes mais que os 693 casos do ano anterior.

O G1 recorda que no último sábado (28), a capital pernambucana inicou um mutirão de combate ao mosquito.  As secretarias municipal e estadual de Saúde serão responsáveis por coordenar os trabalhos de combate ao mosquito e à proliferação das doenças. "Vamos fazer tudo o que for necessário, no âmbito do governo do estado,  para que o quadro de 2014 e 2015 não se repita em 2016. Precisamos da união do poder público e da sociedade civil", apontou Paulo Câmara.

O decreto dará ainda mais suporte a força tarefa anunciada pelo governo municipal. "O poder público não pode medir esforços diante de uma situação dessa gravidade. Vamos fazer tudo aquilo que estiver ao nosso alcance e trazer a população para enfrentarmos juntos essa luta", declarou o prefeito Geraldo Julio.

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