domingo, 1 de novembro de 2015

Jovem pernambucano cria aplicativo revolucionário, após perder 50 quilos em cinco meses

Diego Rocha (Foto: Diego Rocha/ Arquivo Pessoal)
Após passar boa parte da adolescência acima do peso, Diego Rocha resolveu, aos 21 anos, mudar radicalmente o estilo de vida sedentário. Ele perdeu 50 quilos em cinco meses, no período de junho a outubro de 2012. Hoje, com 24 anos, Diego decidiu compartilhar o que chama de “fórmula de sucesso”. O jovem gestor desenvolveu um aplicativo para smartphones e tablets com as dicas que ele usou para emagrecer, o “50em5”.

Pesando 131 quilos, distribuídos em 1,80 m de altura, Diego decidiu mudar de vida após sentir o corpo, ainda novo, dando problemas. “As articulações dos joelhos estavam desgastadas. A sobrecarga de peso estava afetando minha saúde”, conta. Atualmente, ele treina seis dias da semana na academia. “Minha qualidade de vida é muito melhor do que era antes, até minha autoestima mudou”, compara.
Diego Rocha (Foto: Thays Estarque/ G1)
Devido ao rápido emagrecimento, Diego menciona que as pessoas perguntavam por que ele não escrevia um livro ou não dava palestras. “Inclusive fui convidado para dar palestras em Harvard (EUA), mas decidi criar o aplicativo porque dessa forma eu ajudo o mundo”, diz o criador.

Nas versões em português e inglês, o aplicativo reúne pensamentos motivacionais e uma tabela composta por cerca de 50 alimentos, que provocam uma saciedade prolongada, como batata doce, arroz integral e feijão. Para Diego, qualquer pessoa pode conquistar o mesmo feito obtido por ele com o método.
Diego Rocha (Foto: Thays Estarque/ G1)
Emagreci utilizando a fórmula criada por mim e os alimentos da minha tabela. A partir do momento que você une os quatro fatores comportamentais, que são desejo, motivação, foco e ação com as informações importantes para o desenvolvimento, você se torna protagonista da própria história”, acredita.

Para elaborar a fórmula com os alimentos necessários para perder peso, Diego conta que estudou bastante, leu livros e periódicos científicos. “Procurei referências já conhecidas na área de saúde e isso me ajudou também a conseguir o aval médico ao fim do desenvolvimento do aplicativo”. De acordo com o criador, uma equipe de profissionais aprovou o conteúdo da plataforma. “Eu tive acompanhamento de médicos durante o processo de emagrecimento, mas a autoria do conteúdo é toda minha”, garante.

Lançado em julho deste ano, o aplicativo já alcançou três vezes o top 10 do site de compras da Apple, sendo duas vezes primeiro lugar na categoria Saúde Fitness e uma vez primeiro lugar geral da plataforma. Ele também ocupou o terceiro lugar do Google Play no mês de setembro. “Me sinto realizado sabendo que as pessoas estão aprovando o conteúdo. Isso me deixa muito feliz. Quando você cria, o objetivo é o reconhecimento das pessoas”, diz Diego.
Diego Rocha (Foto: Diego Rocha/ Arquivo Pessoal)
 Alerta
Mesmo que os pacientes pesquisem e se aprofundem no assunto, a nutricionista Márcia Arrais destaca a importância de procurar um profissional antes de começar o processo de emagrecimento. “O aplicativo é uma ferramenta generalizada; já o profissional vê cada indivíduo como único”, alega.
Para ela, não existe ‘fórmula magica’. “Você ganhou aquele peso ao longo dos anos. Então a perda também tem que ser lenta para que o organismo não sofra e tenha uma boa adaptação”, informa.

O problema em perder peso muito rapidamente, se não houver acompanhamento médico, é perder massa magra e proteínas também. “Com isso, a imunidade diminui, há risco de ter mais doenças. É muito perigoso”, frisa, desaconselhando a pressa.

Arrais também acredita que uma perda rápida de peso, como no caso de Diego, pode indicar uma dieta desequilibrada em vitaminas e sais minerais. “Por exemplo, tenho um paciente que completou cinco meses de emagrecimento e que perdeu 21% do peso. Diego perdeu 42%”, aponta.

A nutricionista concorda que os alimentos escolhidos para o aplicativo proporcionam uma maior saciedade por serem ricos em fibras. No entanto, eles não podem ser a base da dieta. “Ela precisa ser equilibrada. Hoje em dia não se fala mais em dieta com um só tipo de alimento. Afinal, você pode não estar mais gordo, mas vai estar desnutrido”, explica.

Ela ainda ressalta que não se perde apenas gordura durante o emagrecimento, mas também massa magra. “Com o desequilíbrio na dieta você perde muito mais do que deveria. Por isso a importância de ter um acompanhamento de um profissional, não só um aplicativo”, conclui.
Do G1

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