segunda-feira, 20 de abril de 2015

Em Casinhas, Areia de Chatinha e Lagoa Escondida virando desertos; degradação ambiental, resultado: seca, calor forte e crise na produção do caju e da castanha

Em Casinhas, Areia de Chatinha e Lagoa Escondida virando desertos; degradação ambiental, resultado: seca, calor forte e crise na produção do caju e da castanha



Situada na área rural de Casinhas, as localidades de Areia de Chatinha e Sítio Lagoa Escondida vêm sofrendo com a demasiada retirada de areia as chamadas “Areial” provocando a degradação ambiental e desertificação.
Segundo o site Wikipédia, desertificação é o fenômeno que corresponde à transformação de uma área num deserto. Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, a desertificação é "a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subsumidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas
Sítio Lagoa Escondida e Areia de Chatinha região predominantemente  agrária e coberta por árvores nativas, como o cajueiro, goiabeira, mangueiras, pau d arco, umburana, catingueira,  coqueirais entre outras árvores predominantes dessa região que são as principais  fonte de renda dos moradores.  Há décadas tinham na matéria prima a castanha e o caju uma renda extra para sustentar a família.
Em período de colheita, os moradores têm no cajueiro uma meta a ser cumprida, a previsão de quantas sacas de castanha poderiam colher durante toda a colheita.
Os anos passaram e ultimamente  a colheita têm se tornado escassa quem colhia em média 100 sacas em outros tempos ultimamente não conseguiu sequer colher uma casa com 60 quilos.
Moradores têm reclamado da seca, falta d água e crise na colheita do caju e da castanha, outro fato que têm chamado à atenção é a desertificação dessa área rural.
Comercio “lucrativo”  de propriedades rurais 
Um negócio lucrativo, o morador sem pensar nas causas ambientais; vende pequenas propriedades a um preço em algumas vezes desleal com o mercado imobiliário de Surubim e região que logo em seguida é iniciado o processo de retirada da areia.
Máquinas e caminhões iniciam o processo de retirada de areia que são vendidos para o setor imobiliário de Surubim e região com preços lucrativos deixando uma área deserta e improdutiva durante séculos. 
São  extensões de terras virando deserto, calor forte, falta de chuva, crise na produção do caju e outras frutas nativas predominantes dessa região que atualmente não existem mais.
Outro fato preocupante denunciado por alguns moradores é a forma que é feito o replantio de árvores derrubadas no areail, segunda informação de um morador local:   “quando as árvores são derrubadas pelas máquinas o replantio é feito com a palma, cacto que serve para o alimento do gado.
A questão é a seguinte: a palma nunca substituirá uma árvore frondosa que foi derrubada pelas máquinas e que levou dezenas de anos para atingir o tamanho desejado.
O poder público até o momento não tomou providência, nenhuma fiscalização sendo feita para tal situação, nenhuma política pública não está sendo feita em parceria com os moradores para preservar o meio ambiente.
Fica a Pergunta: Com esse processo de retirada de areia, quem fica com o lucro e quem fica com o prejuízo?

Texto: Edmilson Arruda

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