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segunda-feira, 24 de outubro de 2016
Estádio do Arruda vai a leilão mais uma vez por causa de dívida de R$ 350 mil com Cézar Baiano
Dívidas trabalhistas do passado seguem atormentando o Santa Cruz. Após passivos antigos terem causado bloqueios judiciais do dinheiro de cotas da televisão e da Conmebol durante a Série A do Brasileiro, foi a vez de um débito com o ex-jogador coral Cézar Baiano trazer problemas à direção. A ação em favor do ex-atleta, que defendeu o Tricolor em 2007 e faleceu em 2013, vai levar o estádio do Arruda a leilão, marcado para 7 de novembro.
O Arruda está avaliado em R$ 220 milhões, em orçamento feito em agosto de 2015. O lance inicial para o leilão é de R$ 132 milhões, enquanto a dívida com Cézar Baiano está na casa “apenas” do R$ 350 mil. Esta não é a primeira vez que o estádio tricolor vai à venda por determinação judicial. Em 2013, o José do Rego Maciel foi para execução pública para pagamentos de dívidas fiscais e tributárias. Mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deferiu à época uma liminar determinando a suspensão sob o argumento de que bens só podem ir à leilão após julgamento dos méritos de todos os processos contra o clube.
O terreno centro de treinamento do Santa Cruz também foi colocado à leilão, no ano passado, em ação movida pelo ex-treinador coral Fito Neves, que cobrava R$ 250 mil da diretoria. Um requerimento ao juiz da vara de origem do processo (a 2ª Vara do Trabalho de Paulista) foi feita pelo departamento jurídico do clube para parcelar o débito e evitar a perda da patrimônio. Hoje, o clube vive em crise financeira. Não tem fechado as contas no verde, jogadores estão há dois meses sem receber salários e funcionários não veem a cor do dinheiro há cinco. Os trabalhadores, inclusive, chegaram a entrar em greve por causa do atraso.
O Santa vai tentar agora reverter mais um leilão. “Foi um processo de 2008 e que estorou agora depois de todos os recursos que poderiam ter existido. Conversei com o presidente Alírio Moares para traçarmos uma estratégia. Temos planos A,B e C, mas não podemos adiantar para ‘não dar’ armas ao outro lado. Não é nada de outro mundo. São situações corriqueiras de clubes que, infelizmente, devem”, disse o advogado coral, Eduardo Lopes.
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