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segunda-feira, 25 de abril de 2016
Policiais e bombeiros militares ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado
Os policiais e bombeiros militares em Pernambuco podem entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão deve ser colocada em votação durante a assembleia geral da categoria, marcada para as 13h da próxima sexta-feira, em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). De lá, os PMs prometem seguir em caminhada até o Palácio do Campo das Princesas.
A assembleia vai deliberar sobre a resposta do governo do estado à pauta de reivindicações, que deverá ser dada em uma reunião de negociação marcada para a manhã da mesma data. A possibilidade começou a ser mais fortemente cogitada pela corporação após uma entrevista concedida pelo secretário de Administração Milton Coelho a um programa de rádio local. A categoria teria ficado insatisfeita ao ouvir críticas à pauta de reivindicações e a negativa de reajuste salarial que, segundo a classe, vem sendo discutidas há cerca de dois anos. A pauta de reivindicações, entregue ao governo no dia 13 deste mês, traz como itens principais reposição salarial de 18,53% , mudança do Código Disciplinar, reestruturação do Hospital da PM e implantação do plano de cargos e carreiras da classe.
A assembleia será realizada por quatro entidades representativas dentre elas, a Associação de Praças de Pernambuco. De acordo com o presidente da ASPRA, José Roberto Vieira, desde o último movimento realizado pela categoria na PMPE, nada foi atendido. “Foram concedidas promoções mas elas são apenas um dos diversos itens da pauta. O secretario foi a uma rádio e teve a ousadia de afirmar que, tirando a questão salarial, todos os demais itens da pauta foram atendidos. Não foram. Estão sendo literalmente proteladas, em reuniões da comissão permanente de negociação e das quais ele raramente participa”, queixou-se.
Os PMs e bombeiros reclamam que estão há dois anos sem reajuste salarial, sem hora extra, adicional noturno, insalubridade. A associação acrescenta que muitos PMs trabalham 15 serviços normais e mais 10 extras totalizando assim 25 dias trabalhado no mês, numa carga horária desumana, sem o devido retorno. Vieira acrescenta que os militares não recebem novos fardamentos há muitos anos e sofrem com um código disciplinar é perverso, com penas privativas de liberdade por qualquer deslize, com um hospital sucateado, sem condições de executar exames simples como de sangue e urina, vale refeição defasado.
fonte:pernambuco conectado
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